
Em ambientes hospitalares e domiciliares onde há administração de nutrição por sonda, a atenção à higiene e ao manuseio adequado dos dispositivos utilizados é essencial para garantir a segurança do paciente. Entre esses materiais, o equipo enteral tem papel central no transporte da dieta.
Uma dúvida que surge envolve quando trocar tal equipo. Afinal, trata-se de algo invasivo e, quando não cuidado da forma certa, pode gerar prejuízos à saúde do paciente.
Por isso, vamos esclarecer a importância da substituição no tempo correto, apresentar boas práticas relacionadas ao uso do dispositivo e reforçar a necessidade de seguir protocolos definidos pelas organizações responsáveis. Continue lendo e confira!
O que é o equipo enteral?
Para começar, saiba que o equipo enteral é o dispositivo que conecta o frasco ou bolsa de dieta à sonda enteral, permitindo que o alimento chegue ao trato gastrointestinal do paciente.
É composto por tubo flexível, câmara de gotejamento, regulador de fluxo e conector terminal compatível com os padrões de segurança da terapia enteral.
No entanto, como é usado para transportar alimentos líquidos, o equipo está sujeito à formação de resíduos, proliferação bacteriana e contaminação, especialmente se permanecer em uso por tempo prolongado.
Por que a troca periódica é tão importante?
Como mencionamos, a manutenção do equipo enteral por tempo excessivo pode gerar riscos à saúde do paciente, principalmente em casos de uso contínuo da nutrição enteral. Entre os principais estão:
- contaminação bacteriana do sistema;
- proliferação de biofilme (camada de microrganismos que aderem ao interior do dispositivo);
- alterações na composição da dieta por oxidação ou fermentação;
- infecções gastrointestinais ou sepse;
- comprometimento da eficácia do tratamento nutricional.
A troca do equipo no tempo adequado interrompe o ciclo de crescimento microbiano, reduz o perigo de contaminação cruzada e protege o paciente, principalmente os imunocomprometidos.
Quando trocar o equipo enteral?
A frequência de troca do equipo enteral é determinada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição de saúde. Porém, outros fatores também devem ser considerados. Um deles é o tipo de dieta administrada (industrializada ou artesanal).
Também é preciso analisar o tempo de infusão (intermitente ou contínua),as condições clínicas do paciente e o ambiente em que o cuidado é realizado (hospital, residência ou UTI, por exemplo).
Portanto, não existe uma única recomendação universal. A decisão sobre a frequência de troca deve ser baseada nas diretrizes internas de cada serviço de saúde, sempre em conformidade com as boas práticas da assistência.
Importante: a definição do intervalo seguro para troca do equipo enteral não é responsabilidade do fabricante, e sim da CCIH. Essa comissão avalia os riscos e define os protocolos mais adequados para cada realidade.
O que dizem as recomendações gerais?
Embora a CCIH de cada instituição tenha autonomia, algumas diretrizes técnicas e boas práticas são amplamente seguidas como referência:. Veja a seguir:
os equipos usados para dietas industrializadas (sistema fechado),em geral, são trocados a cada 24 horas ou conforme a indicação do fabricante da dieta;
em dietas artesanais (sistema aberto),a troca costuma ser mais frequente, podendo ser feita a cada 8 horas ou até a cada infusão;
no uso domiciliar, recomenda-se seguir a orientação da equipe de saúde responsável e manter registros para acompanhamento da frequência de trocas.
Boas práticas no uso do equipo enteral
Para garantir a segurança do paciente, além de respeitar o tempo de troca, é fundamental adotar cuidados adequados na manipulação do equipo. De início, antes de manusear qualquer parte do sistema de nutrição enteral, é necessário lavar bem as mãos com água e sabão ou utilizar solução alcoólica.
O preparo da dieta e a instalação do equipo também precisam ser feitos em um local limpo, sem exposição direta à luz solar ou calor. Evite ainda tocar nas extremidades do dispositivo e dos conectores. Utilize luvas sempre que necessário.
Ao final da administração, feche corretamente e, quando necessário, lave com água filtrada (conforme protocolo institucional). Durante o intervalo entre os usos, o material deve ser armazenado conforme orientações do serviço de saúde, em local limpo, seco e protegido.
Por fim, mantenha registro da data e hora de instalação, assim como da troca, para garantir o controle e rastreabilidade do processo.
Os riscos de negligenciar a substituição no tempo certo
O não cumprimento dos prazos estabelecidos pela CCIH pode levar a eventos adversos, como diarreias de origem infecciosa, desnutrição, internações prolongadas, aumento de uso de antibióticos e até óbitos evitáveis.
Esses riscos reforçam a importância de protocolos claros, treinamento contínuo das equipes e uso de materiais confiáveis.
A MP Hospitalar como aliada na terapia enteral
Na MP Hospitalar, nossa linha de equipos para nutrição enteral é produzida com rigor técnico, materiais atóxicos e em conformidade com as normas da ANVISA e RDC nº 503/2021, que regula a terapia nutricional no Brasil.
Todos os nossos produtos são estéreis, de uso único e com embalagens individuais. Além disso, são compatíveis com conectores padrão Enlock, Enplus e ENFit, que aumentam a segurança e evitam conexões indevidas.
Contamos também com uma equipe técnica especializada que pode auxiliar sua instituição a encontrar as melhores soluções em terapia enteral e materiais de suporte.
Então, caso você tenha ficado com alguma dúvida sobre a compra, uso e troca do equipo enteral, venha conversar com nossos especialistas. Clique aqui e entre em contato.